segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Futebol é Coisa de Mulherzinha!

(motivado pelo texto Momento Machista: quero o "damalheirismo", de Robert Born, disponível aqui)!

Em primeiro lugar, porque o século XX deixou muitas dúvidas quanto a isso, tem coisa que é de homem e tem coisa que é de mulher! Coisa de mulher é ir ao salão de beleza, fazer chapinha e passar batom; e coisa de homem é tomar cerveja, tocar bateria e jogar rpg! Como as pessoas são livres, um homem pode fazer coisa de mulher, e com isso vai parecer mais feminino, e uma mulher pode fazer coisa de homem, mas graças ao progresso da luta feminista, não vai necessariamente parecer mais masculina.
A possibilidade de transitar entre os mundos masculino e feminino criou um espaço de interseção entre as duas realidades, são as coisas de mulherzinha! As coisas de mulherzinha são uma espécie de pré-mariquice, são coisas que originalmente faziam parte do universo feminino, mas nós, homens, sentimos necessidade de fazer vez ou outra, podemos citar nesse universo a veneração por Chico Buarque, fazer fofoca ou apresentar sintomas de TPM em geral.
Nós, homens, adoramos Chico Buarque e não nos importamos de ouvir ou contar uma ou outra novidade comprometedora. Entretanto, por milênios não tivemos direito a fazer escâncadlo, nos apresentarmos eufóricos sem motivo aparente ou simplesmente termos vontade de sumir.
Mas a cultura sempre vence a natureza, e o homem sabido inventou o futebol. O futebol faz as vezes das glândulas hormonais das mulheres, mas de um jeito muito mais inconstante, pois se as mulheres tem 12 TPMs por ano, cada temporada se apresenta com pelo menos 38 partidas, 38 bombas de estrogênio ou progesterona(dependendo do resultado do jogo) prontinhas para transformar cada uma dessas 38 semanas nos piores sete dias de nossas vidas.
Eu nunca tive uma TPM, nem posso, mas já ouvi relatos o suficiente para ter uma noção mais ou menos consistente de como a coisa funciona. Nunca tive uma TPM, mas já vi meu time ser rebaixado, já vi meu time levar 6 gols de um rival, já vi meu time vencer um jogo díficil para perder em seguida um jogo fácil e já vi meu time ser eliminado prejudicado pela arbitragem, e a diferença para a TPM parece ser que nem sorvete, nem namorada atenciosa e carinhosa, nada disso faz a gente ter a menor vontade de sair do quarto para fazer qualquer coisa até a próxima rodada ou pelo menos uma péssima jornada dos rivais.
Felizmente eu também já vi meu time ser campeão, já vi meu time fazer 6 gols num rival, já vi meu time engatar uma boa sequência de vitórias e já vi meu time conseguir uma classificação heróica, o que é mais ou menos igual a TPM, mas com o sinal invertido, deve ser tipo uma gravidez...

terça-feira, 21 de abril de 2009

L'Etranger

O Estrangeiro é meu livro preferido no mundo. Ele está longe de ser o mais bem escrito de todos os tempos, o enredo não é o mais interessante da literatura e, por deus, os personagens não cativam nem de longe. Mesmo assim é meu livro preferido.
Alex Castro escreveu uma resenha bastante interessante e, pelo menos para mim, inovadora sobre o livro, vale a pena dar uma olhada clicando aqui. De acordo com esse resenhista, Meursault engana a todos nós, fazendo-nos passar para o lado dele injustamente. Pois bem, qualquer um que conheça minimamente o protagonista de O Estrangeiro sabe que isso é simplesmente impossível. Quer dizer, aquele personagem jamais convenceria ninguém a nada pelo mero fato de ser uma criatuva desprezível!
O que acontece então? Como um indivíduo tão insosso é capaz de convencer a maioria absoluta dos leitores da sua inocência(mesmo quando todos sabemos que ele é totalmente culpado do seu crime)?
Uma hipótese que poderia ser levantada é a de que as opiniões, se é que pode se falar em opiniões quando se refere a Meursault, do personagem são as mesmas do autor, e portanto esse apresenta toda a trama de forma a favorecer seu ponto de vista. Mas isso também não é verdade! O escritor argelino morreu tentando provar a existência do fato moral, enquanto a moral é uma questão completamente alienígena ao universo de O Estrangeiro.
Parece cada vez mais provável que não há nada intrínseco à obra que justifique a absolvição do protagonista. No fim das contas ninguém é enganado por Meursault ou pela narrativa camusiana.
É mais aceitável pensar que, a cada página, nos identificamos com ele. Sentimos o vazio de sua existência e reconhecemo-nos nesse vazio. Sabemos que não somos melhores do que ele e, em última instância, nos julgamos completamente inocentes, de forma que acusar Meursault nos obrigaria a assumir a nossa própria culpa.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Ano novo, coisa e lousa

Grandes!
Explicando o título(para não dar margem a duplas interpretações); eu sempre tive a sensação de ser um cara a frente do meu tempo. Por outro lado minha cabeça sempre teve o hábito de me pregar peças, motivo pelo qual eu evito, sempre que posso, dar ouvidos às coisas que ela diz. O fato é que ela estava certa o tempo todo! Mas ao invés de estar 10, 20 ou 50 anos, eu estou, tipo, alguns meses adiantado.
O lado bom: eu consigo conviver relativamente bem com as outras pessoas.
O lado ruim: eu faço tudo certo com uma antecedência inconveniente.

quinta-feira, 8 de maio de 2008